As bromélias pertencem à família denominada Bromeliaceae. Com cores, formas e tamanhos variados, encontradas nas regiões rochosas, arenosas, assim como nas florestas úmidas, possuindo uma grande resistência a variação de temperatura. Muito utilizadas para decoração e paisagismo, mas de fundamental importância para o ecossistema.
De acordo com o habitat, podem ser classificadas em três grupos:
1- Epífetas - nascem em galhos e troncos de plantas
2- Rupícolas - nascem em rochas
3- Terrestres - nascem no solo
A morfologia das bromélias é composta por: folha, bainha foliar, bráctea floral, escapo floral, botão floral, caule e raiz.
A inflorescência é o conjunto colorido de flores que se desenvolve a partir do centro da bromélia, podendo ser longa ou achatada. Após a polinização das flores ocorre à produção de frutos com sementes.
A reprodução das bromélias se dá através do plantio de sementes ou de brotos que surgem das bainhas foliares, próximos a raiz. E na natureza, se as sementes forem plumosas ocorrerá à dispersão pelo vento e os brotos se desenvolverão ao lado da "planta mãe".
As bromélias não são parasitas, pois não absorvem nutrientes e a água das plantas onde estão "hospedadas", que por vezes são os galhos secos e pobres de nutrientes. A função de suas raízes é de fixação no substrato ou no tronco, em especial as epífetas. Nas folhas das bromélias existem estruturas que absorvem os nutrientes e a água até do ar, gerando a sua alimentação. Com a união das bainhas foliares, forma-se um tanque onde são depositados restos de vegetais, pequenos insetos, excrementos de pássaros, de roedores e de outros animais. E com o acumulo de água, neste local vai se formando um importante ecossistema; o habitat propício para centenas de espécies de insetos, sapos, pássaros entre outros animais que utilizam o depósito de água acumulado para a sua sobrevivência, principalmente nas bromélias que estão no topo de árvores altas nas florestas.
Leila Matajs
Presidente e Coordenadora executiva de projetos socioambientais do INSTITUTO PEDRO MATAJS
fotos: acervo do Instituto Pedro Matajs
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